quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Efeméride

Eventos efêmeros
durante a longa espera
pelo final.

E com paciência ele vem,
repleto de choros,
flores, terços e
organismos decompositores.

O meio pelo meio.


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Vamos ver se esse blog começa a bombar

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Diálogo dislexo com o ser

Num cubo de gelo da esfera da vida caía ela doida desvairada subindo a passos largos a escada do sótão do casebre.
Passos calmos, passos lentos, portas baixas ao relento, uma busca incessante ao pecado original. Será ela o motivo ou a flor rosácea do jardim seco?
Passos rápidos velozes e virtuosos sabia exatamente onde chegar. Sem delongas, a maçaneta girava, a porta abria e o segredo sempre guardado ressurgia como um nada. Tudo. Virou-se o mundo.
Estava dentro de sua mente, via a si, se via em nós. Era tão belo quanto feio. Era tão lúcido quanto confuso. Era ela. Ela
Fechar a porta ou permanecer no quarto? Aceitar sua doença ou viver na embriaguez? Dar as costas ao mundo ou compartilhar o medo?
Num misto de sinapses e neurônios ela se dispunha a nadar pelas redes neurais, cabia a ela tomar o impulso elétrico que domaria sua vida. Cabia a ela ser o que fosse.
Ela já não cabia em si.
Era tarde.Tarde para aceitar o que sempre fora.


(continua....)

Apesar de ninguém vistar este blog (ufa!), vou deixar alguns pontos claros.
A falta de acentuação (vírgulas, pontos necessários são propositais, tem a idéia te intensificar o rítmo da narrativa, tirar o fôlego, deixar em dúvida o leitor).

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Conjunto básico de poesias incompletas

Há um bom tempo escrevi qualquer coisa sobre qualquer coisa. Era tão sem sentido que não consegui ao menos terminar as poesias.
Escrever sobre confusão é sempre instigante e extremamente fácil. Uma mente sem confusão não pode ser considerada uma mente sã.

Íris

No começo era colorido
Agora o começo não é começo
E o colorido só tem uma cor
No começo era colorido
Até que não era tão bom
Qual a graça das cores?
Prefiro meu arco-í­ris monocromático

O começo não era colorido
Não havia começo
Pois nunca houve cores
Não havia arco-í­ris

Em um novo começo
(...)


Tons de cinza

Lá vem a polí­tica toda de branco manchando nossa vida cinzenta
Ora, é para o nosso bem diz ela
Ora, é para o nosso mal diz ela
Lá vem a polí­tica toda de cinza manchando nossa vida cinzenta

Olhem o Senhor do terno verde
Ladra com olhos cinzentos numa rajada de ódio azul
Vermelho
Azul, teima o homem honesto
(...)

Esclarecedor? Acho que bem pouco.